O infarto é a interrupção do fluxo sanguíneo para o músculo do coração, causado devido ao bloqueio ou entupimento de uma artéria. Essa obstrução pode resultar em sequelas que podem ser revertidas ou não, dependendo da velocidade do atendimento.
Segundo o cirurgião cardíaco de São Paulo, Dr. Marcelo Sobral, os músculos do coração não param de trabalhar nem por um segundo para suprir as necessidades do corpo e, mesmo em repouso, o órgão precisa bombear em média de 5 a 6 litros de sangue por minuto. Ao infartar, uma parte dessa musculatura é perdida, porém, o coração continuará a tentar suprir essa necessidade do organismo, e é nessa situação que o atendimento rápido faz toda a diferença.
“Para evitar danos maiores, o ideal é que o paciente seja atendido o quanto antes. Se o atendimento for em até 60 ou 90 minutos, boa parte da musculatura afetada durante o infarto pode ser recuperada! No entanto, caso o atendimento demore mais de 6 horas, as células perdidas já não podem mais se regenerar”, afirma o médico.
Ainda segundo o especialista, é necessário que a população saiba como identificar os sinais do infarto e sejam capazes de prestar os primeiros socorros às vítimas enquanto esperam pela emergência. “Os sintomas típicos do infarto no homem incluem dor no peito, como uma sensação de aperto, de forte intensidade com irradiação para o braço esquerdo e pescoço, que geralmente dura mais de 30 minutos e pode vir acompanhado de mal-estar geral, náuseas e vômitos. Já as mulheres podem apresentar sintomas atípicos como falta de ar, cansaço desproporcional ao esforço e queimação no estômago”, alerta o cirurgião cardíaco.
Além dos sintomas citados acima, confira a lista de sinais para suspeitar de infarto:
– Dor estranha, impossível de localizar com a ponta do dedo;
– Fraqueza intensa e súbita;
– Dor mantida desde a mandíbula até o umbigo;
– Falta de ar de início súbito.
Além disso, o especialista faz um alerta sobre a importância da massagem cardíaca para salvar a vida das vítimas de infarto. “Os procedimentos de reanimação cardíaca, enquanto a emergência não chega, são cruciais e podem ser bastante eficazes para não agravar o quadro da vítima enquanto a ajuda médica não chega”, finaliza Sobral.