Em tempos de demissões em massa é importante saber lidar com esse problema, que pode se tornar crônico

 

O estresse, grande inimigo da saúde do nosso coração, não é um problema que teve origem na atualidade, ele vem desde os nossos ancestrais quando cumpria a função de ajudar na sobrevivência.  Agia como um modo de defesa às ameaças sofridas por animais, na hora da busca pelo alimento e nas disputas por territórios geográficos. Nos dias atuais, essas intimidações foram modificadas pela competitividade e segurança social, competência profissional, sobrevivência econômica, perspectivas futuras e mais uma infinidade de ameaças abstratas e reais.

De acordo um recente estudo realizado em Porto Alegre e São Paulo pelo International Stress Management Association, 89% das pessoas sofrem de estresse por não serem reconhecidas no trabalho. Um problema que em tempos de crises e demissões em massa não é muito difícil de acontecer.

Segundo o cirurgião cardiovascular do Hospital Beneficência Portuguesa, Marcelo Sobral, o estresse pode ser determinado como uma reação do organismo, que mistura componentes físicos, psicológicos, mentais e hormonais, que ocorre quando desperta a necessidade de uma adaptação grande a um evento ou situação de importância. Este episódio pode ter um sentido negativo ou positivo.

Podemos dividir o incômodo em dois tipos, o estresse a curto prazo que costuma acontecer naquelas situações onde há pressão para cumprimento de prazos e o enfrentamento de um trânsito de automóveis, ambos desencadeiam elevação da pressão arterial e da produção hormônios como a adrenalina, a noradrenalina e o cortisol, mas pode ser amenizado com a prática de atividades físicas, relaxamento e meditação.

Já o estresse crônico é o mais preocupante, porque pode gerar problemas a longo prazo para o coração, como o aumento frequente da pressão arterial, infarto, acidente vascular cerebral (AVC) até a morte. Estes devem ser supervisionados por um especialista que indicará o melhor tratamento que pode ir desde orientação à terapia medicamentosa. “Infelizmente o estresse sempre vai fazer parte do nosso cotidiano, por isso cabe a nós lidarmos com ele da melhor forma possível. Assim viveremos mais e com uma melhor qualidade de vida”, finaliza Sobral.

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